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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Isso é tudo tão ontem

O dia foi longo, mas não podia perder a oportunidade de escrever isso hoje. Afinal na velocidade acrescentada pelas redes sociais à informação que circula na internet, amanhã o assunto corre o risco de estar velho. 


Faz 3 semanas, subi a serra ouvindo as rádios no meio do caminho e cheguei a Bento sem a principal informação daquele sábado. Ao entrar no plenário do #TwitterMix desvirtualizo @SoniaBertocchi que, ato contínuo dá em primeira mão:"morreu Ami Winehouse". Passaram-se as duas horas do debate inicial e quando chega ao fim a palestra de Sonia, que seguia a abertura, comuniquei que, no twitter, já havia reclamações sobre como o tema "morte da popstar drogadicta" já tinha enchido o saco, era assunto de ontem. Hoje então, falar sobre a morte de Amy Wynehouse parece assunto de Museu da Imagem e do Som.


Há duas sextas-feiras, o fim de semana iniciou com a inserção do comercial da Nissan Frontier, Malditos Pôneis. Virou TT imediato no Twitter e assim foi madrugada adentro. Eu assistia ao lado do caçula e ambos demos muitas risadas. Quando descobrimos o material preparado pela agência de propaganda na internet então, foi festa noite afora. Um mísero dia depois e a Bradesco Seguros coloca no ar o filme Biafra, que dispara nos TTs e deixa os adoráveis Malditos Pôneis para trás. Para ontem, pensando bem.


Neste fim de semana, um trabalho iniciado anteriormente, atingiu seu auge na madrugada de domingo para segunda-feira: o case Nova Ipanema. Durante uma quinzena uma estratégia de marketing bem executado pulverizou um "hoax" sobre uma pretensa mudança na programação da rádio roqueira dos gaúchos da região metropolitana. A tal nova programação teria uma linha popular jovem, classe CD, sepultando a história de quarto de século da emissora que começou tocando o lado B dos velhos compactos vinis.
Durante toda a madrugada e ao longo do dia seguinte, a rádio do "n" rodou apenas um playlist popular, com vinhetas pré-gravadas no lugar dos rebeldes locutores que fizeram a história dessa célula de resistência. Ao ponto de rodar Ivete Sangalo, Luan Santana e Justin Bieber. Foi como se tirassem o ar de uma legião fiel de ouvintes. Eles preferiam morrer a ver seus objeto de adoração transformar-se naquilo.
Ao longo dessas quase 20h, a quantidade de mensagens, twitters, participações na página do Facebook, torpedos e emails acumulados foi o suficiente para os responsáveis pela manutenção do bastião da rebeldia radiofônica da Capital Gaúcha poderem apresentar argumentos irrefutáveis aos gênios de São Paulo, que insistem em transformar o canal numa rádio popular, que uma revolução pode acontecer nos pampas se acabarem com a Ipanema. Até que foi divulgada a notícia de que tudo não passava de uma "pegadinha".
Foi "marketing de guerrilha"? Eu diria que foi mais que isso, travou-se uma batalha da guerra travada contra o poder central da Rede Bandeirantes SP. Só pessoas que não se encaixam no perfil de audiência da rádio e gente mal humorada não conseguiu dar risadas de tudo isso. Afinal, a batalha foi ganha com louvor, pois o case é o grande sucesso desta segunda-feira.


Mas isso foi ontem e já é quase amanhã. Isso é tudo tão ontem..!

2 comentários:

  1. E o Twitter Mix ainda rende...
    Mas, veja só... andei ausente mesmo... sabia da Rádio, mas soube agora dos detalhes da história, ou melhor do case ...
    Valeu, querido!

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  2. Viva as redes sociais! E viva o "hoje". Só ele existe. Abraço!Carpe Diem!

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