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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Chove lá Fora

Ouça a versão sonora do texto por aqui

Chove lá fora, afinal é começo de primavera. E porque é primavera, venta muito e chove bastante, até o clima quente se estabelecer, para graça do quero-quero e alegria do biguá. Mas nem tudo são flores, já que estamos na semana das eleições.

Pronto… lá se foi toda a poesia da estação das cores e flores. Eita eleiçãozinha chata. As redes sociais tornaram-se insuportáveis; conversa de bar só com pessoas escolhidas a dedo; ler jornais e revistas ficou impossível e a manipulação do poder econômico inviabilizou o acompanhamento de blogues. Coisa triste essa polarização insana do pensamento; ou você é a favor do governo e sua continuidade, ou é coxinha, direita, capitão do mato, torce pela volta da ditadura militar… e por aí vai.

Isso é de uma chatice suporífera. O que era pra ser democracia, neste país virou ofensa. Todo aquele que não se alinhar ao pensamento único vigente, é um candidato imediato ao paredão virtual de ofensas pelos muitos milhares de soldados online. Terá suas postagens denegridas e denunciadas como ofensivas, até que o gestor da rede bloqueie e retire a publicação. Ou seja: não importa se é primavera, boi não pode voar e passarinho não pode cantar à toa.   Só pode cantar se for a ladainha de uma catilina programada por quem está no poder e de lá não aceita sair dentro de um processo democrático. 

Mesmo assim, apesar de você, não há mal que sempre dure. Com ou sem a truculência que vem sendo aplicada das mais absurdas maneiras pelos poderosos e seus asseclas, a verdade e a alegria acabam aparecendo. E o poder da alegria do algo mais e da simpatia é imbatível. Pode ser adiado, protelado e postergado, mas jamais evitado.

Por isso eu digo é que moro, num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. E, mesmo que nesta semana tenha eleições nem a chuva, nem o ranço podem ser motivos suficientes para deixar de mau humor quem carrega no coração a certeza que um dia esse país sai do atraso. 

Então conversa com gente lúcida, esclarece as dúvidas que restam, escreve a cola com os números dos candidatos e vai pra urna, neste domingo, cumprir com a tua parte. Não importa qual o resultado. Se você votar convicto de estar certo, tanto faz o que diz a pesquisa, ou aquele bando de patrulheiros que passam o dia ditando regras. Seja você mesmo. Seja feliz! Ganhar e perder faz parte do jogo. O que importa é estar em paz consigo mesmo. Depois é só alegria!

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