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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O Dia Em Que A Religião Me Faz Bipolar

"Quarta-feira de Cinzas" marca o início da quaresma, período em que os católicos praticam jejum alimentar e celibato. Justo hj tinha de cair o #ValentinesDay ??? Ok, vc pode perguntar se eu não tenho nada mais importante com o que me preocupar, seja o aproveitamento político do Gordinho Atômico em cima das Olimpíadas de Inverno na Coreia do Sul, ou o enredo da Escola de Samba que defendeu uma Organização Criminosa em rede de TV aberta na Marques de Sapucaí. 

Ora bolas, se o Carnaval significa a despedida da carne -do latim carne vale- e por isso cai numa Terça-feira Gorda, o jejum inicia justo na Quarta-feira de Cinzas. Jejum, penitência e celibato, até o Domingo de Ramos. Mas como praticar isso se nesta mesma data se comemora o dia consagrado a São Valentim? Ele que desobedecendo as ordens do Imperador Claudio II, seguiu casando os romanos apaixonados, em tempos que o matrimônio foi proibido pelo conquistador Claudio, que precisava de soldados, não de famílias. Pois o Bispo rebelde acreditava no amor e seguiu casando, até que foi preso. Mtos jovens acorreram ao local do cárcere do Bispo casamenteiro para deixar bilhetes, entre os quais a jovem e cega filho do carcereiro. Este, apiedado da filha, deixou que ela tivesse acesso ao eclesiástico. Do encontro brotou um amor e um milagre: repentinamente a cegueira da jovem estava curada e o Bispo, que acreditava na força do amor, alcançou um bilhete às mãos daquela que agora podia ver assinado “…de seu Valentim”.

Em 14 de fevereiro do Ano da Graça de 270, o Imperador encerrou as trocas de bilhetes, decapitando o Bispo que, em função do milagre e do amor que propagou tornou-se o padroeiro dos enamorados, sendo esta data considerada como o dia dos casais apaixonados em boa parte do mundo. A frase do santo foi eternizada em cartões que os apaixonados enviam à pessoa amada, sempre solicitando “me deixa ser seu Valentim”. 


Ó dúvida bipolar: descolo uma namorada em homenagem ao Santo do dia e a convido pra sair hj, mas vou logo avisando que não podemos jantar, ou fico em casa ajoelhado no milho sem comer, beber e sexo então nem pensar???

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Imposto É Roubo e o Estado Brasileiro Mata

Meu caçula, que acaba de passar no vestibular para Medicina, ontem à tarde comenta que errou de escolha, pois deveria ter cursado Engenharia, já que teria mercado de trabalho garantido em Brasilia, onde parecem faltar profissionais da área. Foi quando soube da queda do viaduto sobre a Rodoviária local. Lembrando que 2 dias antes despencou um setor inteiro de estacionamento de um prédio residencial na Capital Federal.

Agora leio na TL de uma querida amiga que reside no Distrito Federal há décadas, da vergonha que sente por morar neste Brasil que vem sendo construído sem verdades, sem sinceridade, sem compromisso com nada e com ninguém. Afinal aquele viaduto e outras obras viárias da Capital, foram vistoriadas e problemas sérios foram apontados em análises feitas uma década atrás, sendo que em 2012 um estudo apontado em relatório do Tribunal de Contas do DF mostrava textualmente da necessidade de obras neste viaduto que caiu. 

Agora, vejamos como opera o Estado brasileiro. O TCDF apontou a necessidade das reformas, mas em momento algum determinou que estas fossem realizadas. Assim sendo, nada foi feito.  Só houve manutenção naqueles viadutos do Eixão entre 2012/2014, ação realizada apenas porque em 2011 um Juiz Federal determinou ao governo do DF que colocasse no orçamento verba para a execução a obra. Logo após a Secretaria de Mobilidade do DF contratou o Professor da UNB, dr. Dickran Berberian, especialista em fundações, para avaliar as construções viárias do entorno da Rodoviária.

Assim sendo voltamos ao ponto que sempre retorna nesse Brasil decadente; um juiz determinou = obras cumpridas. Um tribunal recomendou, mas não determinou e obras não foram realizadas. Um perito analisou e nada encontrou, mas mesmo assim obras foram feitas e o viaduto caiu. Este é o Estado brasileiro. Suga as energias dos brasileiros, enriquecendo os personagens que manipulam seus entes, mas não presta os serviços pelo que cobra. 

Leio que um morador de rua, que vivia sob o viaduto caído, comenta que não existe sinalização indicativa sobre altura máxima, nos caminhos que levam à passagem de nível. Então chegam muito caminhões mais altos que a laje do viaduto, batem, raspam e arrancam pedaços do concreto. Graças a isso, buracos permitem a passagem e infiltração da água, quando chove no Planalto Central.


Ao fim, ninguém será culpado, outra obra será erguida pra tapar o buraco da que se perdeu e os usuários de trânsito na Capital sofrerão todos os transtornos causados pelos desvios enquanto isso não ficar pronto. Sem falar que cada centavo do custo disso será mais uma vez cobrado de todos nós. Ao menos não morreu ninguém, o que não faria a menor diferença para aqueles que manipulam os entes do Estado brasileiro.