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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

TCHAU RENAN: Deu Pra Ti

Ouça a versão do texto em Podcast por aqui

Dificilmente em algum momento da história, tantos brasileiros passaram um sábado grudados nos acontecimentos do Senado da República. Assim como ocorreu no “Fora PT” que terminou por eleger Jair Bolsonaro Presidente da República, os brasileiros sentiram a necessidade de se unir novamente e clamar pelo exorcismo da nefasta figura do Senador Renan Calheiros no comando da casa revisora do Congresso Nacional.
Apesar de todos os desmandos, truculências, liminar pré-datada anulando reunião preparatória da eleição da mesa, Ministro do Supremo tendo que despachar depois das 3h da madrugada para validar a tal liminar, tentativa de surrupiar o livro de ordem dos trabalhos da sessão e todo o tipo de baixaria, quando tudo se ajustou ao formato da velha política, eles cometeram um excesso imperdoável. Fraudaram a urna na frente das câmeras de TV para TODO O BRASIL VER. Aí a maionese desandou. Você pode ficar pasmo; como assim fraudam votos na frente de todos, mas não é demais lembrar que um dos senadores destacado para “FISCALIZAR” a urna foi Acir Gurcaz, do PDT de Rondônia, que tem residência fixa no Presídio da Papuda, pelos próximos 4 anos, mas tem autorização da Justiça para sair e “trabalhar” durante o dia.
Enquanto os detratores da democracia e porta-vozes do atraso não recuperavam forças para voltar a comandar o espetáculo, as novas vozes do Congresso fizeram valer sua presença e exigiram nova votação para Presidente do Senado. Exigindo que a eleição fosse feita em cédulas que poderiam ser mostradas antes de irem pra urna. Os mequetrefes da velha política reclamaram, gritaram e tentaram reagir, mas pouco depois de metade dos votantes terem sufragado seu voto mostrando a cédula e do filho do Presidente da República, Flávio Bolsonaro ter aberto seu voto em Davi, a velha praga que assola a Capital Federal desde 1990, Renan Calheiros exigiu a palavra e renunciou à candidatura a Presidente, dizendo que “O Davi era na verdade Golias”. Era o 7x1 que o Brasil precisava pra lavar de vez tanta derrota entalada na garganta por 3 décadas.
Enquanto os votos da nova eleição eram contados, o Presidente da sessão, José Maranhão do MDB da Paraíba, pediu pra sair. Logo em seguida seria anunciado que o escolhido para assumir a presidência pelo biênio 2019/20 foi o Senador Davi Alcolumbre, do DEM do Amapá, com 41 anos e que conquistou 42 votos, mais da metade dos 81 presentes, mesmo que apenas 77 tenham votado. Apesar disso, quem mais chama atenção neste novo Congresso é outro jovem, José Regufe, com 46 anos, do Distrito Federal e sem partido. Pois o Senador Regufe lançou como plataforma na corrida à presidência um rol de 7 propostas. São elas
- fim dos salários extras para Senadores
- fim da verba indenizatória
- fim dos carros oficiais
- redução do número de assessores em cada gabinete de 55 para apenas 12
- redução da verba para o pagamento de assessores para - menos da metade de hj
- fim do plano de saúde vitalício dos Senadores
- fim da aposentadoria especial dos Senadores
O próprio Regufe protocolou no Senado sua adesão a estas medidas em caráter irrevogável, no 1º dia da atual legislatura, ou seja: nem que ele desista, pode voltar atrás. Essas medidas significaram no gabinete que dirige uma economia de 16 Milhões de Reais. Se as mesmas forem estendidas aos demais 80 gabinetes, o Senado economizaria 1 Bilhão e 300 Milhões de Reais de poupança do meu, do seu, do suado dinheiro dos nossos impostos. Seria um bom começo de redução nas despesas de uma casa parlamentar que tem 10mil funcionários para atender apenas e tão somente 81 senadores. Certo ou maluco, Regufe conquistou mais votos que Renan na eleição entre seus pares. Será que chegou a hora do Senado da República começar a pensar um pouco mais em trabalho e menos em regalias e privilégios? 
Bem, uma coisa é certa: chegou a hora em que o Senado disse “TCHAU RENAN"... ao menos da Presidência do Congresso