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segunda-feira, 13 de abril de 2020

Divide Et Impera

Muito antigo na experiência política da humanidade, vem do latim a expressão, pois foi usada por Júlio César para criar e dominar o Império Romano. Na década de 1950 os EUA viviam o auge da Guerra Fria e veio a Guerra da Coreia, para onde milhares de soldados das FFAA norte-americanas foram enviados. Um deles, um jovem operador de rádio, tinha o dever de captar e transcrever as transmissões de rádio emitidas pelas forças comunistas da URSS. Seu nome: Johnny Cash.
Poucos anos mais tarde a indústria do disco viria a tornar o jovem cadete radialista em uma das maiores minas de dinheiro da história. Conhecido como “The Man In Black”-quase sempre se apresentava vestindo preto- Cash possuía uma voz distinta dos demais artistas e compunha de forma inequívoca e feroz, canções que falavam direto ao coração, sem temor de falar de coisas “politicamente incorretas”, tipo Folsom Prison Blues, de l955. O sucesso só foi crescendo, até que em 1969 ele é chamado a apresentar seu próprio programa de TV. Em determinado episódio, fez um elogio ao Presidente da República, à época o republicano Richard Nixon, uma raposa que criou a distensão com a China comunista e 3 anos mais tarde sofreu um processo de Impeachment, como resultado do caso Watergate, que o obrigou a renunciar. Nixon adorou aquilo que pensava ser uma bajulação -não era, Cash sempre endossou os Presidentes de sua pátria, fossem quem fossem, independente de partido. Assim sendo convidou “The Man In Black” para uma apresentação na Casa Branca, talvez a maior distinção possível a um artista norte-americano. 
Chegaram a mandar um roteiro de músicas que pretendiam ouvir, incluindo duas aberrações, que nem pertenciam ao repertório de Cash. O artista simplesmente cantou o que quis e, claro, sem incluir os pedidos na playlist. E no 1º programa de TV depois do espetáculo na Casa Branca ainda cantou “Blowin In The Wind”, de Bob Dylan, inimigo jurado dos republicanos e da Guerra do Vietnam desde que os EUA se envolveram no conflito da Ásia. Aliás, foi justamente naquele momento que os acadêmicos de universidades da California e New York passaram a demonstrar o “acerto” da política gramsciana em corromper a sociedade pelas mentes e construir a revolução socialista a partir dos bancos escolares.
Foi a partir dali que se instalou o conflito entre “nós e eles”, que parece persistir até hj e está cada vez mais forte 4 gerações depois. A esquerda socialista incubada no socavão acadêmico, cujos ideias ganharam projeção pelas vozes e artes da contracultura, conquistaram o apoio incontinenti da mídia, formada em boa parte, nos EUA, pelas “ovelhas negras” banidas do sistema pelo Macarthismo, durante a Guerra Fria. Uma das teses mais bem postas em prática pelos “filhos da revolução” foi justamente a de dividir para conquistar. Dividir entre negros e brancos; gays e héteros; gordos e magros ou aqueles que defendem a saúde daqueles que defendem a economia. Td isso não passa de uma técnica de guerra usada desde antes da existência da civilização atual, como diria Sun Tzu: “se você usar o inimigo para derrotar o inimigo, será poderoso em qualquer lugar para ir”.
Diante de tais evidências só me resta dar um alerta: CUIDADO!!! ELES QUEREM VOLTAR