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terça-feira, 19 de novembro de 2019

POR UM ESTADO MENOS OPULENTO

Uma Constituição é a Lei Maior de um Estado e a ela, em regra, cabe o papel de limitar o poder deste. A limitação do Poder do Estado deveria servir principalmente para garantir as liberdades individuais, jamais para criar castas de poderosos intocáveis. O melhor exemplo são os Ministros do STF. Embora exerçam função de magistrados da mais alta Corte de Justiça, dentro da estrutura do Poder Judiciário. Tal função só deveria ser exercida por Juízes, mas dentro do arcabouço tupiniquim qualquer ser com o carimbo de “notável saber jurídico” pode ser indicado pelo Presidente da República de plantão no Poder Executivo.
Reparem que este “notável saber jurídico” foi carimbado na testa do então Advogado Geral da União, Dias Toffoli aos 42 anos de idade, cabendo a ele desde 2009 o direito a um cargo vitalício com todas as benesses. Lembrando que quando advogado, prestou duas vezes concurso para juiz sem sucesso, pois não possui saber jurídico necessário para exercer a magistratura. Já que a função de Ministro do Supremo não é exclusiva de juiz, o STF deveria ser retirado do Poder Judiciário e deixar de existir como 4ª Instância da Justiça, atendo-se exclusivamente ao seu dever original de fiscal da Constituição
Para atender seus 11 Ministros, o Supremo possui uma frota de 84 veículos, 1.135 servidores+93 cedidos de outras repartições, 340 estagiários e 820 profissionais terceirizados, ou seja: algo em torno de 218 pessoas para cada ministro. Fazendo um esforço imenso pra não especificar os 24 Copeiros e 27 Garçons. Tudo isto custou aos pagadores de impostos brasileiros a bagatela de quase 800 Milhões em 2018.
Só quem tem o poder de fiscalizar e exigir limites do ministros do STF é Poder Legislativo através do Senado da República. São 81 Senadores e para atender estes parlamentares a casa superior do Congresso abriga 5.828 servidores+230 cedidos, quase outros 4mil entre terceirizados e estagiários, somando mais de 120 pessoas para atender 1 Senador ao custo de R$ 4,5 Bilhões/ano.
Sejamos claros: tanto faz atacar este ou aquele Ministro do Supremo, ou algum Senador eventualmente ocupando a Presidência do Senado. O que tem de ser combatido é essa opulência gigantesca que custa tanto aos pagadores de impostos e que não oferece nada em troca. É basicamente o mesmo que privatizar estatais. É diminuir o tamanho do Estado. Liquidar com estas frotas e exércitos de servidores para operar a inoperância destas repartições que sangram a nação. 

Começar com a extinção da terceira vaga ao Senado, que foi criada no auge da Ditadura Militar para todos os estados e DF e automático corte de um terço dos servidores da casa. Depois discutir a extinção do Senado em si. E se um Senador tem direito a um mandato de 8 anos, pra que um Ministro do STF precisa mais que isso. Dias Toffoli pode ficar até 33 anos na função e depois ainda se aposenta com vencimentos e vantagens “ad perpetuam”.
Hora de começar a enxugar as despesas e só aqui teremos uma economia de Bilhões de Reais por ano

domingo, 10 de novembro de 2019

A CONSTANTE DE AVOGRADO

É reconhecida ao cientista italiano Amedeo Avogrado a paternidade do cálculo da massa das moléculas, que passou a ser conhecida como “Constante de Avogrado(NA)”. Basicamente é um cálculo de “X” vezes “10²³” (na vigésima terceira potência), onde o “pai da criança” estabeleceu no começo do século 19 que X=6,02. Mais tarde aprimorou-se o cálculo deste valor para 6,022 e posteriormente para 6,022 140 76 e isso vem se atualizando através dos tempos. Hoje está assim:
Posso demonstrar aqui como se aplica isso para calcular a massa molecular de algum elemento, mas isto aqui não é uma aula de química, apenas um breve arrazoado sobre viagens no tempo. Quem curte ficção científica com certeza lembra do filme “A Mosca da Cabeça Branca”, de Kurt Neumann, 1958. Nele um cientista aloprado está desenvolvendo um aparelho de teletransporte e decide testar o experimento em si mesmo. Mesmo tendo  feito tudo certo, ele não percebe que uma mosca entra ao seu lado dentro do aparelho e o resultado é uma aberração.


Por mais aproximados que sejam os cálculos para uma equação matemática, tanto a química quanto a física, especialmente esta, levam em consideração a existência do imponderável. Assim sendo, enquanto a aproximação dos valores não chegar a um termo de exatidão controlável, melhor usar sintéticos para o teletransporte, ou para viajar no tempo. O problema com estes replicantes enviados para viajar no tempo é que, na solidão e ausência de referência das eras em que são colocados, tendem aos piores vícios. Especialmente aos que abrem portas sensoriais, caminhos que só deveriam ser trilhados por humanos iniciados. E ao pretenderem trilhar tais caminhos, tornam-se instáveis, sentem desejos, acreditam que podem ser espiritualizados, ou pior, sucumbem à ficção de que podem experimentar o fervor de uma paixão. Daí pra optarem pelo exílio e viverem embriagados no Munden’s Bar -que fica em Cynosura, cidade-Estado localizada na borda do universo, entreposto comercial entre os multiversos transdimensionais, é um pulo numa dobra espaço-temporal.

Claro que vc sabe que do centro do nosso universo até seu limite final são 46 Bilhões de anos luz vezes “10²³”, o que significa que jamais provaremos que existe uma borda, ou seu fim, ou como diria Stephen Hawkins, o maior astro-físico da 2ª metade do século 20, cujo corpo mostra os resultados do teletransporte no tempo: “se o universo tem uma borda não faz sentido, porque se o universo veio do nada e trouxe tudo à existência, perguntar o que está além do universo é como perguntar qual é o norte do Polo Norte”.

Em tempo: este é um texto de ficção. Replicantes são personagens do filme Blade Runner, de Ridley Scott e Cynosura assim como Munden’s Bar só existem nas histórias em quadrinhos de Grim Jack, personagem criado por John Ostrander. E o universo segue em expansão. Ou não


Bibliografia sugerida: 
Revelações do Imaginário Mágico, de Valério Azevedo (encontre aqui)
O Livro dos Demônios, de Antonio Augusto Fagundes Filho (encontre aqui