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domingo, 10 de novembro de 2019

A CONSTANTE DE AVOGRADO

É reconhecida ao cientista italiano Amedeo Avogrado a paternidade do cálculo da massa das moléculas, que passou a ser conhecida como “Constante de Avogrado(NA)”. Basicamente é um cálculo de “X” vezes “10²³” (na vigésima terceira potência), onde o “pai da criança” estabeleceu no começo do século 19 que X=6,02. Mais tarde aprimorou-se o cálculo deste valor para 6,022 e posteriormente para 6,022 140 76 e isso vem se atualizando através dos tempos. Hoje está assim:
Posso demonstrar aqui como se aplica isso para calcular a massa molecular de algum elemento, mas isto aqui não é uma aula de química, apenas um breve arrazoado sobre viagens no tempo. Quem curte ficção científica com certeza lembra do filme “A Mosca da Cabeça Branca”, de Kurt Neumann, 1958. Nele um cientista aloprado está desenvolvendo um aparelho de teletransporte e decide testar o experimento em si mesmo. Mesmo tendo  feito tudo certo, ele não percebe que uma mosca entra ao seu lado dentro do aparelho e o resultado é uma aberração.


Por mais aproximados que sejam os cálculos para uma equação matemática, tanto a química quanto a física, especialmente esta, levam em consideração a existência do imponderável. Assim sendo, enquanto a aproximação dos valores não chegar a um termo de exatidão controlável, melhor usar sintéticos para o teletransporte, ou para viajar no tempo. O problema com estes replicantes enviados para viajar no tempo é que, na solidão e ausência de referência das eras em que são colocados, tendem aos piores vícios. Especialmente aos que abrem portas sensoriais, caminhos que só deveriam ser trilhados por humanos iniciados. E ao pretenderem trilhar tais caminhos, tornam-se instáveis, sentem desejos, acreditam que podem ser espiritualizados, ou pior, sucumbem à ficção de que podem experimentar o fervor de uma paixão. Daí pra optarem pelo exílio e viverem embriagados no Munden’s Bar -que fica em Cynosura, cidade-Estado localizada na borda do universo, entreposto comercial entre os multiversos transdimensionais, é um pulo numa dobra espaço-temporal.

Claro que vc sabe que do centro do nosso universo até seu limite final são 46 Bilhões de anos luz vezes “10²³”, o que significa que jamais provaremos que existe uma borda, ou seu fim, ou como diria Stephen Hawkins, o maior astro-físico da 2ª metade do século 20, cujo corpo mostra os resultados do teletransporte no tempo: “se o universo tem uma borda não faz sentido, porque se o universo veio do nada e trouxe tudo à existência, perguntar o que está além do universo é como perguntar qual é o norte do Polo Norte”.

Em tempo: este é um texto de ficção. Replicantes são personagens do filme Blade Runner, de Ridley Scott e Cynosura assim como Munden’s Bar só existem nas histórias em quadrinhos de Grim Jack, personagem criado por John Ostrander. E o universo segue em expansão. Ou não


Bibliografia sugerida: 
Revelações do Imaginário Mágico, de Valério Azevedo (encontre aqui)
O Livro dos Demônios, de Antonio Augusto Fagundes Filho (encontre aqui

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