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terça-feira, 6 de julho de 2021

Oswaldo Eustáquio Conta Pela 1ª Vez O Que Sofreu Na Prisão

Entrevistei ontem, 5/7/2021, o Jornalista Oswaldo Eustáquio. Minha primeira pergunta foi: “você estudou Comunicação e se formou em Jornalismo?” A resposta foi “sim, cursei faculdade por 4 anos e me formei Jornalista em 2008. A segunda pergunta foi: “você registrou o diploma no Ministério do Trabalho e FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas, órgãos que conferem a certificação da profissão?” A resposta também foi positiva, confirmando que não só é Jornalista profissional há 13 anos, como é Pós Graduado e premiado, inclusive pelo Sindicato dos Jornalistas do Paraná, seu estado natal. Então por que raios a extrema imprensa insiste em o (des)qualificar como  “blogueiro”?

Quando tocamos no assunto, a meu lado na entrevista estava o Jornalista Júlio Ribeiro, da Press Advertising e Rádio Guaíba, o comentário de Eustáquio foi: “a esses veículos da extrema imprensa que tentam me qualificar como blogueiro, quero dizer que não tenho nada contra a ocupação. Eles podiam me dar um blog pra eu escrever que eu me tornaria blogueiro com prazer”.


O Jornalista paranaense, residente em Brasilia, informa que sempre circulou facilmente por todos os meios, até 2014, quando passou a defender sua posição contra a esquerda e o governo do PT. A partir dali deixou de ser aceito e passou a ser alvejado em todas as mídias. Este processo de assassinato de reputação culminou em Junho de 2020, quando Alexandre de Moraes determinou sua prisão por supostos “atos contra o STF”. Eustáquio passou 1 ano e 5 dias preso por conta do inquérito dos “Atos Anti-Democráticos”, algo que surgiu por conta de uma “fake news” criada por um deputado federal que já admitiu ter inventado tudo. 


Hoje usuário de uma cadeira de rodas, contou durante a entrevista, pela primeira vez, como tornou-se paraplégico na prisão. “Quando eu chego no presídio, eles me levam para a cela 13, coincidência ou não, das 14 daquela ala, contendo algo como 35 detentos cada, embora sejam feitas para 8. Um agente penal disse: ‘você é  um animal’ e não aceitei e disse ‘você que é…’ foi quando levei a primeira porrada e aí me colocaram num corredor polonês com mais de uma dúzia deles. Fui vítima de uma prática chamada de ‘extração’, um te pega um braço e torce, outro pega no outro braço e torce, um te pega o pescoço e sufoca… Na Papuda eles dizem que o sujeito que aguentar isso por 45s é ‘homem’. Machucado, ensanguentado fui jogado na solitária. Naquele momento faltou água na Papuda e só voltou 2 dias depois. Quando eu fui tentar tomar um banho, estoura o chuveiro. Fui tentar arrumar e estoura o cano do chuveiro e começa a inundar a solitária. Eu subo no vaso pra tentar arrumar, caio e perco os sentidos e sou retirado de lá inconsciente. A partir desse acidente eu não senti mais as pernas. Fui levado para o Hospital de Base, de Brasilia e aí começou meu périplo. Atualmente estou fazendo 4 horas de fisioterapia por dia, já consigo mexer um pouco os pés e pernas, mas ainda não consigo me sustentar de pé, mas se precisar, eu vou pra cima deles de cadeira de rodas mesmo.”

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