O dia foi longo, mas não podia perder a oportunidade de escrever isso hoje. Afinal na velocidade acrescentada pelas redes sociais à informação que circula na internet, amanhã o assunto corre o risco de estar velho.
Faz 3 semanas, subi a serra ouvindo as rádios no meio do caminho e cheguei a Bento sem a principal informação daquele sábado. Ao entrar no plenário do #TwitterMix desvirtualizo @SoniaBertocchi que, ato contínuo dá em primeira mão:"morreu Ami Winehouse". Passaram-se as duas horas do debate inicial e quando chega ao fim a palestra de Sonia, que seguia a abertura, comuniquei que, no twitter, já havia reclamações sobre como o tema "morte da popstar drogadicta" já tinha enchido o saco, era assunto de ontem. Hoje então, falar sobre a morte de Amy Wynehouse parece assunto de Museu da Imagem e do Som.
Há duas sextas-feiras, o fim de semana iniciou com a inserção do comercial da Nissan Frontier, Malditos Pôneis. Virou TT imediato no Twitter e assim foi madrugada adentro. Eu assistia ao lado do caçula e ambos demos muitas risadas. Quando descobrimos o material preparado pela agência de propaganda na internet então, foi festa noite afora. Um mísero dia depois e a Bradesco Seguros coloca no ar o filme Biafra, que dispara nos TTs e deixa os adoráveis Malditos Pôneis para trás. Para ontem, pensando bem.
Neste fim de semana, um trabalho iniciado anteriormente, atingiu seu auge na madrugada de domingo para segunda-feira: o case Nova Ipanema. Durante uma quinzena uma estratégia de marketing bem executado pulverizou um "hoax" sobre uma pretensa mudança na programação da rádio roqueira dos gaúchos da região metropolitana. A tal nova programação teria uma linha popular jovem, classe CD, sepultando a história de quarto de século da emissora que começou tocando o lado B dos velhos compactos vinis.
Durante toda a madrugada e ao longo do dia seguinte, a rádio do "n" rodou apenas um playlist popular, com vinhetas pré-gravadas no lugar dos rebeldes locutores que fizeram a história dessa célula de resistência. Ao ponto de rodar Ivete Sangalo, Luan Santana e Justin Bieber. Foi como se tirassem o ar de uma legião fiel de ouvintes. Eles preferiam morrer a ver seus objeto de adoração transformar-se naquilo.
Ao longo dessas quase 20h, a quantidade de mensagens, twitters, participações na página do Facebook, torpedos e emails acumulados foi o suficiente para os responsáveis pela manutenção do bastião da rebeldia radiofônica da Capital Gaúcha poderem apresentar argumentos irrefutáveis aos gênios de São Paulo, que insistem em transformar o canal numa rádio popular, que uma revolução pode acontecer nos pampas se acabarem com a Ipanema. Até que foi divulgada a notícia de que tudo não passava de uma "pegadinha".
Foi "marketing de guerrilha"? Eu diria que foi mais que isso, travou-se uma batalha da guerra travada contra o poder central da Rede Bandeirantes SP. Só pessoas que não se encaixam no perfil de audiência da rádio e gente mal humorada não conseguiu dar risadas de tudo isso. Afinal, a batalha foi ganha com louvor, pois o case é o grande sucesso desta segunda-feira.
Mas isso foi ontem e já é quase amanhã. Isso é tudo tão ontem..!
E o Twitter Mix ainda rende...
ResponderExcluirMas, veja só... andei ausente mesmo... sabia da Rádio, mas soube agora dos detalhes da história, ou melhor do case ...
Valeu, querido!
Viva as redes sociais! E viva o "hoje". Só ele existe. Abraço!Carpe Diem!
ResponderExcluir