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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Meu Ídolo

Bela noite, na década passada, minha filha e meu genro tomaram todas e, além das bebidas, tomaram também uma decisão: a de voltarem pra casa com um filhote de 4 patas. No dia seguinte, em meio à ressaca, acordaram com 4 patinhas correndo pelo piso do apartamento e a carinha mais meiga que um Spitz Alemão tem pra oferecer e pedir comida. Surgia @Babaganush o cão celebridade.

Claro que todos o chamam por Babinha, mas eu o chamo de “meu ídolo”. Pelo simples fato de se tratar do mais inteligente cão que jamais conheci. Ele é calmo, é pacato, o que não significa que seja passivo. Ele detesta, por exemplo, ruídos de alta intensidade e frequência. Bata palmas no ambiente em que ele estiver e veja uma bola de pelos com menos de 2 kg se transformar num demônio que vai se botar no autor do ruído. Eu, por exemplo, gosto de brincar com cães fazendo “pernacchia”; eles detestam isso, mas Babinha surta quando ouve e parte pra cima. No resto, é um doguinho super de boas e que não enche o saco de ninguém.


Só que caninos têm o péssimo hábito de envelhecer após uma década. Em função disso, Babinha foi colocado em severa dieta, com ração especial e praticamente zero de gordura em sua alimentação. Vai daí que, ao visitar filha, genro e netos -o humano e o canino- sou recebido com aquele churrasco especial e meu ídolo se achega pedindo nacos de carne. Sim ele faz isso cutucando meu pé com sua pata e olhando daquele jeito irresistível. Eu já havia sido informado da situação e, com dor no coração, não acedi às súplicas do catiorríneo, que não parou de seguir pedindo um suculento naco de carne gorda. Até que, parou abaixo da churrasqueira, olhando pra mim e para seu dono com a cara mais triste que um cão pode oferecer, ao que meu genro teceu o seguinte comentário: “pô Babinha… agora só falta tu copiar o Chiquinho(neto humano) e se atirar no chão pra conseguir o que está sendo negado”. Ato contínuo e o cão se atirou no chão. 


Tem como resistir a um animal com esse nível de inteligência? Claro que ele ganhou um belo naco de churrasco, fatiadinho em pedaços do tamanho de sua pequena boca, os quais saboreou deglutiu, dormiu feliz e acordou devolvendo tudo, pois seu organismo ancião não mais digere gordura animal. Dane-se; ele conseguiu matar as saudades do sabor único de um suculento churrasco. Tem como não ser ídolo um animalzinho assim?

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